Como vivem os católicos

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Celebrando
A Liturgia é fonte da espiritualidade da comunidade. Ao longo do ano, as celebrações do Mistério Pascal de Cristo constituem momentos de intensa experiência de Deus que impregnam e transformam a nossa vida. A santidade do cristão brota do encontro com o Senhor na Liturgia, expande-se na oração e se expressa na vida pessoal, familiar, profissional e social. As ações rituais nos permitem “reunir” o coração e todo o nosso ser para entrar na presença d’Aquele que nos espera; permitem-nos “tocar” nas realidades que acolhemos; “provar” e “dizer”, como São João escreveu em sua Primeira Carta: “O que existia desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com nossos olhos, o que contemplamos e o que nossas mãos apalparam do Verbo da Vida – porque a Vida manifestou-Se – nós a vimos e dela damos testemunho, para que vocês estejam em comunhão conosco e a nossa alegria seja completa”.
Como discípulos
A conduta do discípulo de Jesus é a realização, na sua vida, das palavras e atitudes do Mestre. A fé que professa e celebra é alimentada na comunidade e concretizada no seu cotidiano. Vida Nova em Cristo é isto: trazer a Palavra de Cristo para nossa participação na construção da história. Viver em Cristo é não se acostumar e nem se acomodar às estruturas injustas da sociedade, mas transformar o próprio jeito de pensar e de agir, discernindo o que é bom e agradável a Deus e trilhando o processo de conversão. Cristo é o caminho e segui-lo significa andar na direção da Vida Plena, da realização do Reino. A fidelidade criativa e responsável a Jesus é dom precioso oferecido por Deus, a que devemos responder com a nossa vida, uma resposta amorosa, agradecida, e que multiplica e distribui o bem que Ele nos legou.
Seguindo às Leis de Deus
O Decálogo (dez Mandamentos), em sua expressão original, deve ser compreendido no contexto do Êxodo, centro da Antiga Aliança, libertação de Israel da escravidão do Egito. (Ex 20,1-17) E são assim resumidos na tradição catequética da Igreja:
  1. Amar a Deus sobre todas as coisas
  2. Não tomar o Seu Santo Nome em vão
  3. Guardar os domingos e festas.
  4. Honrar pai e mãe.
  5. Não matar.
  6. Não pecar contra a castidade.
  7. Não furtar.
  8. Não levantar falso testemunho.
  9. Não desejar a mulher do próximo.
  10. Não cobiçar as coisas alheias.
Ao ser arguido pelos fariseus e saduceus sobre qual seria o maior mandamento da Lei, Jesus fez uma síntese do Decálogo, mostrando a essência da Lei: o amor a Deus e o amor ao próximo. Na véspera de sua paixão, foi além: “Amem-se uns aos outros como Eu lhes tenho amado. Nisto todos conhecerão que são meus discípulos – se vocês se amarem uns aos outros”.
Com responsabilidade
Professando a fé católica, acolhendo e proclamando a verdade sobre Cristo, sobre a Igreja e sobre o homem, em obediência ao Magistério da Igreja, que autenticamente a interpreta. Por isso, todo fiel deve buscar lugar e ocasião para receber o anúncio, a proposta e a educação da fé, respeitando o seu conteúdo integral. Testemunhando uma comunhão sólida e convicta, em relação filial com o Papa, centro e sinal da unidade da Igreja universal, e com o Bispo, fundamento da unidade da Igreja particular, e na estima recíproca entre todas as formas de apostolado na Comunidade.  A comunhão com o Papa e com o Bispo é chamada a exprimir-se na disponibilidade leal em aceitar os seus ensinamentos doutrinais e orientações pastorais. A comunhão eclesial exige, além disso, que se reconheça a legítima pluralidade das formas participativas dos fiéis na Igreja e, simultaneamente, a disponibilidade para oferecer a sua colaboração. Participando na finalidade apostólica da Igreja, que é a evangelização, a santificação dos homens e mulheres e a educação cristã das suas consciências, de modo a conseguir permear de espírito evangélico as comunidades e os ambientes.  Nesta linha, exige-se dos fiéis um entusiasmo missionário que os torne, sempre e cada vez mais, sujeitos de uma Nova Evangelização Empenhando-se na sociedade humana que, à luz da doutrina social da Igreja, se coloque ao serviço da dignidade integral da pessoa.
Crendo
Vivendo à luz das virtudes teologais - fé, esperança e caridade, podemos dizer: - Sou Católico porque creio em um só Deus – Pai, Filho e Espírito Santo –, que nos oferece o dom da Graça, que é sua permanência em nós e no meio de nós por pura gratuidade. Um Deus que é Pai misericordioso e tem o carinho de Mãe; um Deus Filho, Jesus Cristo, que se fez nosso irmão e nos liberta; um Deus Espírito Santo que nos conduz ao Amor. - Sou Católico porque alimento a minha fé na fonte da Revelação Divina, pela contemplação da obra da Criação, atenção aos sinais dos tempos, acolhida amorosa da Sagrada Escritura, da Tradição e do Magistério da Igreja. - Sou Católico porque procuro viver a fé, que é adesão a Jesus Cristo e obediência à Sua Palavra, não sozinho, mas como membro da Igreja – comunidade. - Sou Católico porque vivo a fé como dom gratuito de Deus. - Sou Católico porque busco viver a vida nova no Amor.

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