Em solenidade realizada na noite dessa segunda-feira, 10, no Plenário Iris Rezende Machado, a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) celebrou a Campanha da Fraternidade 2025, movimento da Igreja Católica realizado anualmente. A iniciativa foi do deputado Antônio Gomide (PT), que é presidente da Comissão de Meio Ambiente da Casa de Leis. O objetivo do parlamentar em realizar a cerimônia foi reconhecer a importância da campanha e estimular o debate sobre o tema deste ano: Ecologia Integral. O presidente da Casa, deputado Bruno Peixoto (UB), presidiu a cerimônia.
Durante a sessão solene, autoridades religiosas, representantes da sociedade civil e parlamentares discutiram os desafios e caminhos para a preservação ambiental e a promoção da justiça social. O evento também foi um momento de reconhecimento ao trabalho desenvolvido pela campanha na sensibilização e mobilização da sociedade para ações concretas em prol do bem comum.
Na mesa diretiva, ao lado de Bruno Peixoto e de Antônio Gomide, estiveram: o arcebispo metropolitano de Goiânia e primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom João Justino de Medeiros Silva; o bispo da diocese de São Luís dos Montes Belos, Dom Lindomar Rocha Mota; a reitora da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), professora Olga Izilda; o vereador por Goiânia Professor Edward Madureira (PT), na solenidade representando a Câmara de Vereadores da Capital; o ex-reitor da PUC Goiás Wolmir Amado; a coordenadora acadêmica do Instituto do Trópico Subúmido da PUC Goiás, Nicali dos Santos; a irmã Umbelina Pereira, representando o diretor-presidente da Vila São Cottolengo, Ir. Michael Goulart; e o ex-prefeito de Goiânia Pedro Wilson Guimarães.
Dom Lindomar Rocha Mota também falou aos presentes, ressaltando que a Campanha da Fraternidade é um convite à reflexão, mas também exige de todos, ação, comprometimento, tomada de decisão e execução, diante da situação urgente de preservação da Terra, que se coloca diante dos nossos olhos. “Desejo, pois, acolhendo a mensagem do Papa Francisco e, partilhando onde for possível, que vivamos essa ecologia integral, sabendo que no centro de tudo, está, principalmente, a vida humana. Porque já sabemos que, apesar de sofrer tantas agressões, a Terra pode se recuperar. Em 400 anos, em mil anos, em um milhão de anos, isso para a Terra é nada, mas nós não temos esse tempo todo.”
O arcebispo de Goiânia, Dom João Justino, salientou que a sua reflexão tem como referência o texto base da Campanha da Fraternidade 2025. E que parte do testemunho de uma professora que trabalha no Alto Rio Negro com uma comunidade indígena, cuja reflexão integra o texto. Segundo ela, o povo da etnia a que pertence não ensina as crianças a falarem, mas sim, a escutarem os sons da natureza, como o som do vento, o canto dos pássaros, dos sapos e dos grilos. E que assim, primeiro, elas escutam, depois sentem e, quando aprendem a falar, já sabem o significado do que estão falando.
Dom João exortou a todas as pessoas a assumirem o compromisso individual com a causa ambiental. "Somos desafiados todos a adotar, pessoalmente, um estilo de vida crítico e afastado do consumismo e mais focado em valores duradouros e definitivos. Tomando consciência de que o ato de comprar, consumir e descartar não é apenas econômico, mas um ato com exigentes implicações morais e desdobramentos ecológicos."
Ao final da solenidade, 100 mudas de árvores, doadas pelo Instituto do Trópico Subúmido e pelo Memorial do Cerrado da PUC Goiás, foram distribuídas aos presentes
Texto e fotos: Assembleia Legislativa de Goiás











